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Depois de ano longe da pista, Lucas Alves projeta disputa de título "na raça"

  • Foto do escritor: Bernardo Bercht
    Bernardo Bercht
  • 18 de nov. de 2015
  • 4 min de leitura

O pelotense Lucas Alves passou um 2014 difícil, abdicando de sua maior paixão e se dedicando aos estudos. Em 2015, entretanto, o guri retornou com tudo ao automobilismo e cresceu a cada corrida da Fórmula RS. O resultado é que, na última etapa em Tarumã, no próximo domingo, vai disputar curva a curva o título gaúcho com Marcelo Giacomello. Em entrevista, ele lembrou de todos os desafios para, com orçamento apertado e muita vontade, superar os obstáculos até apontar na linha de chegada da final. Ele prometeu seguir disputando "na raça" os pontos que ainda precisa na batalha pelo caneco.

Você precisou se adaptar ao carro com pouco treino e para encarar uma turma de gente experiente, como foi isso lá no começo do ano? Sim, desde o início do ano sempre tivemos que trabalhar com um orçamento muito apertado, então fui ter meu primeiro contato com o carro apenas na semana da corrida. Isso foi difícil, pois eu sabia que iria enfrentar ótimos pilotos e com muita experiência, mas procurei aprender o máximo possível com todos que estavam dispostos a me ajudar e assim acelerar o aprendizado. Ficou um tempo sem correr ainda por cima né? Como foi o ano "de férias"? Pois é, em 2014, acabei ficando longe das corridas, e isso é horrível pra alguém que ama e precisa do automobilismo como eu, mas procurei lidar com isso da melhor maneira possível, concentrando mais nos estudos, fazendo planos para a temporada 2015 e também mantendo alguns treinos de kart para estar sempre pronto!

Tivemos uma batalha quádrupla pelo título durante boa parte da temporada. O que aprendeu sobre os adversários e evoluir em pilotagem? Durante essa temporada tive a honra de disputar cada espaço da pista com grandes adversários, e lógico que a técnica e velocidade cada um tem a sua, mas consegui aprender boas coisas com esse pessoal mais experiente. Como lidar com cada etapa do fim de semana, cuidar do equipamento, poupar, e saber qual o momento certo de usar o limite do carro, e claro procurei conhecer o estilo melhor de cada um deles para saber como seria cada vez que disputássemos posição na pista. Qual foi o momento que deu para notar que estava na disputa do título? Olha, eu sempre que entro em um campeonato, penso no título. Mas, para mim, ficou claro logo na primeira etapa que eu estava nessa disputa, pois eu estava parado há um bom tempo, não conhecia o carro, e ainda fiquei na segunda bateria em segundo e a menos de um décimo do vencedor, então a partir daí eu aceitei o desafio pelo título e procurei evoluir em todos os aspectos necessários. E o que gerou a reviravolta para realmente disputar vitórias? Na verdade, a vitória foi apenas uma questão de tempo, como falei, eu quase venci na primeira etapa. Já na segunda, estava com pneus velhos e isso minimizou minhas chances, e então a vitória chegou na 3ª etapa! Mas lógico, que fomos melhorando o carro, a primeira etapa usei para aprender tudo, e depois adquiri a confiança necessária com o carro, literalmente casei com ele (risos), e aí foi só colocar tudo em prática.

Tivemos dois exemplos de corridas por tua parte. Em Santa Cruz, perseguindo o líder a todo tempo e passando no fim para ganhar no geral. Em Rivera, liderou de ponta a ponta e abriu vantagem. Qual a mais difícil, por conta da concentração e tudo mais? As duas corridas foram memoráveis para mim. Mas com certeza, a mais difícil foi Santa Cruz, pois quando estou na frente como em Rivera, a corrida acaba sendo bem tranquila, mas lá (Santa Cruz) tive que planejar toda volta o momento certo da ultrapassagem, isso não me deixava margem para nenhum erro ou qualquer perda mínima de concentração, então lá a vitória também teve um valor especial. Vamos projetar a finalíssima. Está preparando algo em especial, não só de carro, mas mentalmente? Traçou uma estratégia? Quanto à grande final eu estou muito ansioso para que chegue logo! Sabemos que eu já tive dois problemas em corrida neste ano (câmbio no Velopark e pneu em Tarumã) ao contrário do meu adversário que não teve nada em corridas e se não fosse isso eu chegaria com folga na liderança para a final. Mas isto tudo proporciona algo especial, a vontade de querer ganhar a qualquer custo! Então, a concentração agora está em um nível máximo, não só minha, mas da minha excelente equipe NovoSul Power que já está com nosso carro afiadíssimo só esperando a hora de acelerar. E nossa meta é dar o nosso melhor e aí vai acontecer o que for para acontecer, meu objetivo é o título, e pra isso espero dar meu melhor, e fazer pole e vencer as duas baterias (com melhor volta) assim consigo o título sem depender de nada, e já tenho várias estratégias de corrida, mas isso agora ainda é segredo! Hehe mas também é ótimo chegar na última etapa com chances de título e sabendo que depende só de mim!

 
 
 

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